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Mesmo diante da retração econômica, o mercado de food service apresenta sinais de crescimento. De acordo com o levantamento do Instituto Food Service Brasil, o segmento fatura R$178 bilhões e atende cerca de 80 milhões de consumidores mensalmente.
Especialistas acreditam que esse é um momento de desafios para o mercado de food service. Embora o hábito de comer fora de casa seja comum para muitos brasileiros, as incertezas quanto ao futuro – renda e emprego – pode ser uma barreira para o aumento do ticket médio de mais estabelecimentos e, consequentemente, o crescimento do nicho em todo o país.
No entanto, há projeção de crescimento para 2017. Um dos motivos é o investimento desse segmento em ofertas e o investimento em experiência do consumidor on e offline com a marca.
As inovações já começaram
Algumas redes já estão utilizando fórmulas diferentes desde o ano passado, como é o caso do Subway. Além de sair para o mercado com o mote “customize seu sanduíche”, em que explora ainda mais o poder de escolha para o consumidor, as lojas estão trabalhando o engajamento com esses indivíduos pelas redes sociais, permitindo atendimento de qualidade e eficiente. Um dos destaques é a regionalização das ofertas, respeitando a localidade e seus ingredientes básicos para compor os lanches. Essa é uma forma de identificar, criar experiências e reter clientes.
Outra rede que não está atrás é o Habib’s, já conhecido pela produção própria de todos os ingredientes, evitando gastos desnecessários à produção dos produtos que vende, as lojas produzem em larga escala e representam inovação em ofertas e construção de marca no País. Embora as esfihas sejam o carro-chefe dos restaurantes, existe uma preocupação em oferecer um mix variado de produtos – incluindo refeições completas para o dia a dia – e também ofertas combo para todos os públicos. A rede tem desempenhado tão bem seu papel, que já conta com 430 unidades no Brasil, além do Ragazzo, marca que já possui 50 lojas pelo País.
Invista na experiência no shopper e em sustentabilidade
A previsão desse segmento é que bons ventos vão voltar a soprar em 2017. No próximo ano, a perspectiva é continuar investindo na experiência do consumidor com a marca e também em ações de sustentabilidade. Nos Estados Unidos, a onda começou com o BYOB (Build Your Own Bowl), ou faça sua própria tigela, que consiste em montar um prato com ingredientes da preferência do indivíduo. Aqui no Brasil, muito parecido com esse modelo é a Boali.
Abaixo o desperdício
Além desse modelo, restaurantes com zero desperdício estarão em alta, devido à conscientização de muitos brasileiros para a questão da fome no mundo, estimulada pelas notícias do grande volume de migrantes em países europeus. No Rio de Janeiro, um restaurante italiano já utiliza esse conceito, o Massino Bottura, que usou durante as Olimpíadas pratos com ingredientes sobre da Vila Olímpica.
Qualidade de vida
Os restaurantes saudáveis vão continuar em grande expansão. Atualmente, 60% da população brasileira está acima do peso, segundo o IBGE. A consciência coletiva já está mudando e muitas campanhas já alertam para os males da má alimentação. A tendência é que esse segmento seja mais explorado ainda ano que vem. Junto a essa onda virão os estabelecimentos vegetarianos e veganos, que estão ganhando cada vez mais adeptos e revolucionando a forma como as pessoas comem fora de casa.