A tecnologia vem permitindo o lançamento de diversas modalidades, como o QR code e a carteira digital.
Na realidade globalizada e tecnológica em que vivemos, o varejo é uma das áreas que mais se transforma. Do modelo de negócio ao canal usado para compras, o setor vem passando por constantes evoluções, incluídos aí os novos meios de pagamento.
Facilitadores como conexão sem fio, câmeras de alta resolução, identificação por biometria e códigos mais seguros permitiram a criação e disseminação de uma vasta gama de soluções de pagamento para as quais o novo lojista precisa estar atento.
Confira na lista a seguir alguns dos métodos que estão em alta no varejo:
QR code
Em levantamento da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, aproximadamente 80% dos varejistas entrevistados indicaram que pretendem adotar o QR Code (Quick Response Code) em 2020. Isto por que o método, que já representa 17% das transações no varejo físico, permite agilizar o processo de pagamento, oferece segurança para vendedores e compradores, ao mesmo tempo em que permite coletar dados relevantes para que o varejista conheça melhor seu público.
Com as facilidades que possibilita, o QR Code é um exemplo de tecnologia que contribui para que qualquer empreendedor chegue a melhores resultados, do pequeno ao grande, já que é uma modalidade acessível (com o apoio de uma carteira digital, que veremos a seguir) e ainda tem a vantagem de conquistar o consumidor ao tornar sua vida mais prática, com processos de compra ágeis e seguros.
Carteira digital
A carteira digital (ou ewallet) é um dispositivo que permite reunir em um único aplicativo eletrônico diversas informações pessoais e opções de pagamento. É possível, por exemplo, incluir cartões de crédito e débito, dados bancários e de cadastro, como CPF, e número de cartão fidelidade.
Com isso, o preenchimento de formulários com informações pessoais, assim como a efetivação do pagamento, é muito mais ágil e simples. No caso do varejo físico, a carteira digital pode ser usada para “pagar por aproximação” com a tecnologia NFC (Near Field Communication).
Com ela, dispositivos com chips compatíveis podem trocar informações entre si. Assim, na hora de pagar, basta aproximar o celular da máquina e utilizar o cartão digital. No ecommerce, o ewallet permite, a partir de um login básico, realizar compras e preencher cadastros.
Amplamente utilizado em todo o mundo, o modelo está com cada vez mais força no Brasil. Exemplo disso são as parceria que a Linx – líder no mercado de soluções para o varejo – firmou em 2019 com grandes players do ramo de carteiras digitais, como Mercado Pago, PicPay e Conductor, fortalecendo suas soluções de ewallet e QR code.
Biometria
Com total foco na segurança na hora da autenticação, o reconhecimento biométrico surge como apoio aos novos métodos de pagamento. Por ter características únicas e não copiáveis – análise facial, impressão digital, voz – como suporte para a identificação do usuário, a biometria ganha força e facilita a aceitação de sistemas alternativos, como o já citado QR code.
Além da segurança, a biometria também agiliza o processo de pagamento. Com um simples toque do dedo no leitor biométrico, por exemplo, o cliente valida o cartão para a compra sem necessidade de digitar uma senha.
No Brasil, 90% dos usuários dizem preferir o reconhecimento biométrico às senhas, segundo pesquisa divulgada pela Visa. No mesmo estudo, foi constatado que 60% dos entrevistados já usam impressões digitais para validar transações financeiras, e que 98% dos participantes têm interesse em usar a biometria tanto para autenticação quanto para validação de pagamentos.
Dispositivos móveis
Também já é possível utilizar dispositivos móveis para realizar transações de crédito e débito. Por isso, os consumidores têm tirado cada vez mais o celular do bolso na hora de pagar suas compras, em vez da carteira. A NFC – o pagamento por aproximação, citado anteriormente – está cada vez mais popular. Para se ter uma ideia, de acordo com report do Banco do Brasil, só no primeiro semestre de 2019, a tecnologia cresceu 400%, e o faturamento das transações teve um incremento de 100% no período.
Wearables
Esses acessórios vestíveis, como pulseiras, relógios e óculos, são gadgets que se conectam à internet e, entre outras funcionalidades, podem monitorar dados de saúde, replicar notificações do smartphone e, claro, realizar pagamentos. De acordo com a ABI Research, as vendas de dispositivos wearables devem chegar a mais de 500 milhões até 2021 no mundo todo, sendo que 20% desses dispositivos estarão equipados com recurso de pagamento, transporte e controle de acesso.
As inovações nos modelos de pagamento estão de acordo com o desejo do consumidor de comprar com segurança, de forma cada vez mais ágil. Os novos modelos também são benéficos para o varejo, que ganha a confiança do cliente, ao mesmo tempo em que evitam fraudes durante a jornada de compra e qualificam seus processos de gestão.
Agora, cabe ao lojista se organizar e aproveitar os benefícios de cada novidade.