Postos de combustíveis
O que é conectividade e por que ela é essencial para o varejo físico
A integração do mundo físico com o digital está presente em diversas frentes do varejo e pode auxiliar em todas
Os números do varejo tradicional estão negativos. Pesquisa em torno do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, por exemplo, mostram que as vendas caíram 1,2% em julho sobre junho e 7,1% em relação ao mesmo mês de 2015. Esse é o pior resultado desde o ano 2000, quando foi iniciado o estudo.
Mas estagnação do setor não parece ter chegado ao varejo online, que tem projeção de crescimento de 18% para 2016, podendo elevar o faturamento do segmento para a faixa dos R$ 56 bilhões, segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). E os números das primeiras datas especiais do ano, mostram que previsão tem tudo para se realizar: as vendas online cresceram 8% no Dia das Mães, 12% no Dia dos Pais e 16% no Dia dos Namorados.
O e-commerce está em franca expansão no Brasil. De acordo com o e-Maketer, o Brasil tem o 10º maior e-Mercado do mundo. Em 2015 foram 106,5 milhões de clientes, 190,9 milhões de transações e faturamento de R$ 41,3 bilhões.
E, como dissemos anteriormente, para 2016 os números estão na contramão da crise. O País já conta com mais de 450 mil lojas online, que respondem por cerca de 3% das vendas totais do varejo (e especialistas indicam que esse volume deve chegar a 10% nos próximos 5 anos).
Outro bom indicador é o crescimento das compras em sites do Brasil. Se até pouco tempo o e-commerce brasileiro girava em torno de transações internacionais, hoje 51% das e-vendas são feitas dentro do País.
Uma pesquisa divulgada em 2015 pelo PayPal mostra que a categoria de produtos mais consumida pelos e-consumidores brasileiros é a de roupas, calçados e acessórios. Ao todo, o segmento atraiu 61% dos compradores online, seguido de equipamentos eletrônicos (57%) e entretenimento (52%). Para 2016, a expectativa da maior empresa de pagamento online do mundo é de crescimento dos segmentos de saúde, beleza e gêneros alimentícios.
E entre as principais tendências do e-commerce para 2016 está o crescimento do mobile. A expectativa é que as compras via aparelhos portáteis subam dos atuais 20% para 30% do total de pedidos até o final do ano. A comodidade de comprar em qualquer lugar, sem necessitar abrir um computador está atraindo cada vez mais consumidores, com destaque para as mulheres que representam 57% desse público.
Este crescimento está diretamente relacionado ao aumento da velocidade nas conexões, ao maior acesso à Internet e ao investimento dos e-varejistas em estratégias de sucesso, estudos estratégicos e operacionais de venda.
A informatização das tecnologias possibilitou um crescimento acelerado do e-commerce. Aderir o seu negócio ao comércio digital pode expandir os lucros, fortalecer a gestão da marca e criar tendências. Para ter êxito, entretanto, é importante começar por um elemento fundamental: o planejamento.
Os primeiros passos devem ser analisados tanto por aqueles que estão construindo um negócio novo quanto por aqueles que já têm uma loja física. Sendo assim, é interessante definir e conhecer o seu público alvo, sabendo que novos clientes em potencial podem surgir e abraçar o seu nicho de mercado; procurar diferenciais competitivos; definir o produto e/ou serviço, a disponibilidade online dos mesmos e a plataforma de e-commerce que será utilizada; construir uma estratégia de marketing e pensar nos aspectos logísticos do negócio, como e de que maneira serão feitas as cobranças e saber como lidar com eventuais problemas de segurança. É necessário compreender como funcionam as transações financeiras em plataformas eletrônicas, não podendo restringir as opções de pagamento apenas a boletos bancários ou cartões de crédito, pois quanto mais alternativas para o cliente, melhor.
O próximo passo é destinado aos novatos no mercado. Seu negócio precisa de uma marca. Para isso, você deve escolher um domínio de cadastro na internet. O segredo é escolher um nome de fácil compreensão, visualização e digitação, sem acentos, além de ter relação com o produto a ser comercializado. O site precisa funcionar de maneira simples para que o cliente tenha uma boa experiência, se sinta mais seguro e volte a acessar.
Para os lojistas experientes é importante pensar em adaptações da marca para a internet, como: ampliar a identidade visual sem mudar as cores e tipografias já utilizadas, pensar em novos colaboradores para o veículo online e explorar novas formas de relacionamento virtual com o cliente.
Se o objetivo é estar sempre um passo à frente da concorrência algumas questões devem ser levadas em consideração. O investimento em marketing digital, por exemplo, a otimizações de padrões para Search Engine Optimization (SEO) e as adaptações ao Comércio Eletrônico Móvel, o m-Commerce.
Os varejistas também devem explorar e investir nas redes socais. Elas assumiram o papel de boas “marqueteiras”, utilizadas como ferramenta de marketing viral e atendimento, tornando-se uma das áreas dentro do e-commerce a serem explorados pelas empresas. Servem para divulgação da marca e são aproveitadas pela facilidade de rastrear a origem dos pedidos. Funciona como outro canal de vendas que tem como objetivo atrair o tráfego de consumidores para a verdadeira plataforma. No entanto, cabe ao varejista analisar se é necessário e funcional para o seu negócio o uso do chamado S-commerce, lembrando sempre que os consumidores estão na internet, interagindo, e ainda que o seu negócio não tenha (ainda) uma presença virtual, certamente o seu público está nas redes, também.
São várias as formas de chamar a atenção do público, mas elas dependem do nicho de comércio escolhido. Se você possui uma loja de roupas é interessante oferecer ao comprador provadores virtuais e fotos de todos os ângulos dos produtos. Já para conquistar o cliente que pensa em comprar materiais de beleza e estética, o caminho pode ser por meio de um vídeo de como usar determinado produtos. Tornar fácil o acesso ao site e aos dados dos produtos também determina a volta do cliente à página do seu negócio.
Os meios para ingressar no mundo online e no comércio digital são de fácil acesso e podem melhorar os negócios da sua empresa, transformar sua loja e lançar no mercado novos empreendimentos. Está decidido a migrar para o comércio eletrônico? Não tenha medo de investir e entrar de cabeça no seu sonho.